quinta-feira, 27 de agosto de 2020

ALLAN KARDEC





Mensagem aos PAIS


LIVRO: “SUBLIME SEMENTEIRA”

MENSAGENS DE LINS DE VASCONCELLOS

“EDUCAÇÃO E ESPIRITISMO”


“..., mas, ao lado dos métodos de educação, a disciplina salvadora do Evangelho que corrige com amor e esclarece com justeza, para orientar e ajudar.

Educação – alimento da vida.

Espiritismo – vida.

É de bom alvitre estimulemos o ensino, evangelizando o professor, a fim de que este possa transmitir o conhecimento clareado pela sabedoria de Jesus Cristo, o Mestre por excelência.

Por isso, o Espiritismo é doutrina eminentemente educativa. Com as luzes que projeta sobre a alma humana, resolve todos os problemas do ser, do destino e da dor. Dirigido à criança, toma no presente as mãos do homem do futuro e prepara-o para as lides da imortalidade triunfante.

Afirmamos, pois, sem receio: Espiritismo e Educação são partes essenciais de um mesmo todo na sementeira do amor integral.”

Lins de Vasconcellos

Fonte: FRANCO, Divaldo, Educação e espiritismo. Crestomatia da imortalidade. Por Diversos Espíritos. Salvador, BA: LEAL, 1969.p.49-52. 




HISTÓRIA  para todas as idades 

KARDEC, UM EXEMPLO DE ESTUDO

         Há muitos anos (ano de 1804) nasceu um menino educado, inteligente e muito bom, num país muito longe, chamado França. Seus pais escolheram para ele o nome de Hippolyte Léon Denizard Rivail. É um nome diferente, não é? É um nome francês, de pessoas que falam diferente de nós.


         Esse menino, Rivail, era muito estudioso. Desde pequenino ele gostava de estudar, de olhar livros, de ler!


         Aos dez anos de idade seus pais o mandaram para outro país - a Suíça, para aprimorar os seus estudos, pois lá havia a melhor escola da época. Era a escola da fraternidade, que cuidava para que as crianças e os jovens se tornassem homens responsáveis e úteis à sociedade.


         Ele gostava muito de ensinar e por isto foi professor durante muito tempo. Ele era muito esforçado e trabalhador, durante o dia trabalhava e a noite estudava.


         Sabem o que ele fazia durante o dia? Ensinava em sua casa, gratuitamente a muitos jovens que não tinham condições de pagar a escola. O professor Rivail, por ter estudado muito, era também médico e falava muitas outras línguas, além da sua, o Francês.


         Uns anos depois, se deu um episódio feliz em sua vida. Ele conheceu uma moça de nome Amélie Gabrielle Boudet, com quem se casou. Ela também era professora. Ele e a esposa trabalhavam bastante. Entre outros afazeres, ele escrevia livros de estudo para as escolas. Tornou-se assim, um homem conhecido e respeitado.


         Um dia...aconteceu algo muito importante, quando estava com 50 anos de idade, através de um amigo, tomou conhecimento de coisas estranhas que vinham acontecendo na cidade. Dizia o amigo que, em determinada reunião que assistira, os objetos se movimentavam e uma mesa chegara a falar.


         É... é isto mesmo, conversando! O professor Rivail, acostumado ao estudo, à pesquisa, achou aquilo muito estranho, mas, depois do amigo insistir muito, decidiu assistir uma das reuniões.


         Ali, Rivail viu pela primeira vez o fenômeno das mesas que se movimentavam sozinhas. Objetos diversos como vasos, flores e chapéus se moviam em pleno ar, sem nenhum apoio. O professor ficou a pensar: será que são as pessoas que estão aqui que causam as pancadas? Se não, devia haver uma causa...


         E se pôs a pesquisar. Começou a freqüentar, com assiduidade, as reuniões semanais, disposto a descobrir o que havia por detrás daquilo tudo. Logo, descobriu que eram os Espíritos, porque perguntou quem batia e movimentava a mesa e recebeu a resposta:


         - Somos os Espíritos.


         Sabe como eles conversavam no início? Era através de pancadas na mesa.


         Então, os Espíritos informaram que nada mais eram do que as almas dos homens que já haviam deixado o corpo físico.


         Vou explicar com detalhes, é assim: quando uma pessoa morre, só o corpo de carne é que acaba, que morre.


         Vocês sabem que o Espírito vai para o mundo espiritual, não é? Pois então, quando desencarnamos, o corpo vai ficar na Terra, vai ser enterrado. Mas, nós somos Espíritos e continuamos vivos. Todo mundo é assim.


         Então as pessoas que morrem são Espíritos desencarnados, só não têm o corpo de carne.


         Pois então... Rival aprendeu a conversar com os Espíritos, com as pessoas que já estavam desencarnadas.


         Os Espíritos ensinaram a Rivail muitas coisas e ele codificou, isto é, organizou as informações que recebeu dos Espíritos em livros, para que todas as pessoas pudessem ler.


         O professor Rival preferiu assinar os livros espíritas com o nome de Allan Kardec, porque segundo lhe revelara um Espírito, ele tivera este nome em outra existência. Os livros que foram organizados por Allan Kardec, deram origem a Doutrina Espírita e são os seguintes:


         • O Livro dos Espíritos


         • O Livro dos Médiuns


         • O Evangelho segundo o Espiritismo


         • O Céu e o Inferno


         • A Gênese


         • Obras Póstumas (publicada após a desencarnação de Allan Kardec)


         Ele escreveu também a Revista Espírita que era publicada mensalmente.


         Quando vocês crescerem mais um pouquinho, poderão ler todos estes livros e muitos outros que foram escritos, pesquisados a partir das obras de Allan Kardec. Agora eu vou contar a última coisa linda da vida de Kardec. Quando ele desencarnou, muitos Espíritos, cheios de luz, vieram buscá-lo e, de mãos dadas, levaram Kardec para o mundo espiritual, cantando uma música muito bonita. Tudo ficou cheio de luz, brilhando...


Fonte de Pesquisa: AME/JF – texto com pequenas alterações






História para crianças até. 6 anos



Música para crianças até 6 anos




Atividades para crianças a partir de 7 anos 







 







sexta-feira, 21 de agosto de 2020

Jesus - Parábola do Filho Pródigo


A parábola do filho pródigo


          Um certo homem tinha dois filhos, que com ele moravam no seu lar.

          Um dia, o mais moço disse ao seu pai:

          — Papai, dá-me a parte da tua riqueza que me pertence. Eu desejo correr mundo, viajar por outras terras, conhecer nova gente...

          O velho pai com o coração partido, diante desse pedido, repartiu com ambos os seus haveres, dando a cada um a parte que lhes cabia, de sua fortuna. 

          Alguns dias depois, o filho mais novo, juntando todas as coisas que lhe pertenciam, partiu para um país distante, muito longe de sua terra natal. 

          Esse moço, infelizmente, não era ajuizado. Mal chegou ao país estrangeiro, começou a gastar, sem cuidado, todo o dinheiro que possuía. Durante muitos dias não fez senão desperdiçar tudo que tinha. Buscou a companhia de outros rapazes desajuizados e consumiu toda a sua fortuna em bebidas e festas, vivendo uma vida sem nenhum significado e desperdiçou tudo o que tinha com pessoas interesseiras, que só estavam com ele por causa do dinheiro.

          Um dia, viu que avia gasto a última moeda e se achava na mais absoluta miséria, e os seus amigos o abandonaram porque o dinheiro acabara.

          Então houve uma grande fome naquele país, e ele começou a passar necessidade, procurou ajuda, mas ninguém se dispôs a ajudá-lo. Então procurou um dos moradores daquela terra e pediu emprego.

          Este o mandou para a sua fazenda a fim de tratar dos porcos. Ali, com fome, ele tinha vontade de comer o que os porcos comiam, mas ninguém lhe dava nada. 

          Foi então que o moço começou a pensar no que havia feito com seu bondoso pai, tão amigo, tão compreensivo, tão carinhoso... Refletiu muito... Como fora mau e ingrato para com seu paizinho! Como fora também ingrato para com Deus, desrespeitando o Seu Mandamento, que manda honrar os pais terrenos... Sofrendo a consequência de seu ato, o pobre rapaz arrependeu-se sinceramente de sua ingratidão e de seus dias vividos no erro e no vício...

          E pensou, então, entre lágrimas:

          — Na casa de meu pai há muitos trabalhadores e todos vivem felizes pelo trabalho honesto. Vivem com abundância de pão e tranquilidade... E eu, aqui, morrendo de fome!... Não, não continuarei aqui. Voltarei para minha casa, procurarei meu pai e lhe direi: “Meu pai, pequei contra o Céu e perante ti; não sou mais digno de ser chamado teu filho. Quero ser um simples empregado de tua casa”.

          E o moço, como pensou, assim fez.

          Abandonando o país estrangeiro, regressou à sua pátria e ao seu lar. Foi longa, difícil e triste à volta, pois ele não mais dispunha de dinheiro para as despesas de viagem. Passou muitas necessidades, sofreu fome e frio dormindo ao relento... Nunca abandonou, porém, a idéia de voltar para casa.

          Finalmente, chegou ao seu antigo lar. Antes, porém, de atingir sua casa, seu velho pai o avistou de longe e ficou ainda mais compadecido, ao ver o filho naquele estado de grande miséria. Seu coração paterno, que nunca esquecera o filho ingrato, era todo piedoso. O bondoso pai correu, então, ao encontro do moço. E abraçando-o fortemente, beijou-o com imenso carinho.

          Nesse momento, com lágrimas nos olhos, o filho disse ao seu pai compassivo:

          — Meu pai, pequei contra o Céu e perante ti. Não sou mais digno de ser chamado teu filho. Quero ser um empregado de tua casa...

          O bondoso pai, porém, que nunca deixou de amar seu filho, disse aos empregados da casa:

          — Depressa! Tragam a melhor roupa para meu filho, preparem uma refeição para ele. Tragam-lhe calçado novo! Comamos todos juntos e alegremo-nos, porque este meu filho estava perdido e foi achado, estava morto e reviveu! 

          E todos os servos e empregados da casa atenderam imediatamente o velho pai e houve imensa alegria naquele grande lar.

          O filho mais velho, porém, não estava em casa. 

          Achava-se trabalhando no campo. Quando voltou e viu aquela grande movimentação no interior da casa e ouviu as belas canções que os músicos acompanhavam com seus instrumentos, chamou um dos servos e perguntou o que era aquilo.

          O servo respondeu:

          — Foi teu irmão que chegou. Teu pai, de tão alegre e feliz, mandou que preparássemos uma ceia e uma festa, porque o jovem voltou são e salvo.

          O filho mais velho, cheio de ciúme, revoltou-se contra a bondade de seu pai e não quis entrar em casa.

          Em vão, o velho pai chamou-o. Mas, ele lhe respondeu:

          — Meu pai, há muitos anos que te sirvo, sem nunca te desobedecer e nunca preparaste uma ceia para mim e meus amigos. Mas, para meu irmão, que gastou teu dinheiro nas orgias, em terra estrangeira, tu lhe preparas uma grande festa...



Vídeo para estudo





Vídeo para crianças até 6 anos







Atividade para crianças a partir de 7 anos





Convite aos Jovens


Este é um convite para um encontro muito especial, pra você que tem menos de 25 anos ou para seu/sua/seus/suas filho/filha/filhos/filhas ou amigos jovens.

Dia 30 de Agosto, das 18h às 20h pela plataforma do Zoom.

Quem estará conosco será o Rômulo, da cidade de Penha/SC para conversar sobre  o tema: Nada de Fora Pertuba um Coração Tranquilo. Vai ser Massa! Para participar, basta fazer a inscrição pelo Link: https://forms.gle/fhXBtVzyDAss6Ajz6

Você não vai ficar de fora desse momento maravilhoso né????

Bora lotar a sala do zoom? Esperamos por você!



sexta-feira, 14 de agosto de 2020

Parábola Deixai Vir A Mim Os Pequeninos

 Deixai Vir A Mim Os Pequeninos

            1 – Bem-aventurados os puros de coração, porque eles verão a Deus. (Mateus, V: 8).


             2 – Então lhe apresentaram uns meninos para que os tocasse; mas os discípulos ameaçavam os que lho apresentavam. O que, vendo Jesus, levou-o muito a mal, e disse-lhes: Deixai vir a mim os pequeninos, e não os embaraceis, porque o Reino de Deus é daqueles que se lhes assemelham. Em verdade vos digo que todo aquele que não receber o Reino de Deus como uma criança, não entrará nele. E abraçando-os, e pondo as mãos sobre eles, os abençoava. (Marcos, X: 13-16).


             3 – A pureza de coração é inseparável da simplicidade e da humildade. Exclui todo pensamento de egoísmo e de orgulho. Eis porque Jesus toma a infância como símbolo dessa pureza, como já a tomara por símbolo de humildade.


            Esta comparação poderia não parecer justa, se considerarmos que o Espírito da criança pode ser muito antigo, e que ele traz ao renascer na vida corpórea as imperfeições de que não se livrou nas existências precedentes. Somente um Espírito que chegou à perfeição poderia dar-nos o modelo da verdadeira pureza. Não obstante, ela é exata do ponto de vista da vida presente. Porque a criança, não tendo ainda podido manifestar nenhuma tendência perversa, oferece-nos a imagem da inocência e da candura. Aliás, Jesus não diz de maneira absoluta que o Reino de Deus é para elas, mas para aqueles que se lhes assemelham.


            4 – Mas se o Espírito da criança já viveu, por que não se apresenta, ao nascer, como ele é? Tudo é sábio nas obras de Deus. A criança necessita de cuidados delicados, que só a ternura materna lhe pode dispensar, e essa ternura aumenta, diante da fragilidade e da ingenuidade da criança. Para a mãe, seu filho é sempre um anjo, e é necessário que assim seja, para lhe cativar a solicitude. Ela não poderia tratá-lo com a mesma abnegação, se em vez da graça ingênua, nele encontrasse, sob os traços infantis, um caráter viril e as idéias de um adulto; e menos ainda, se conhecesse o seu passado.


            É necessário, aliás, que a atividade do princípio inteligente seja proporcional à debilidade do corpo, que não poderia resistir a uma atividade excessiva do Espírito, como verificamos nas crianças precoces. É por isso que, aproximando-se a encarnação, o Espírito começa a perturbar-se e perde pouco a pouco a consciência de si mesmo. Durante certo período, ele permanece numa espécie de sono, em que todas as suas faculdades se conservam em estado latente. Esse estado transitório é necessário, para que o Espírito tenha um novo ponto de partida, e por isso o faz esquecer, na sua nova existência terrena, tudo o que lhe pudesse servir de estorvo. Seu passado, entretanto, reage sobre ele, que renasce para uma vida maior, moral e intelectualmente mais forte, sustentado e secundado pela intuição que conserva da experiência adquirida.


            A partir do nascimento, suas idéias retomam gradualmente o seu desenvolvimento, acompanhando o crescimento do corpo. Pode-se assim dizer que, nos primeiros anos, o Espírito é realmente criança, pois as idéias que formam o fundo do seu caráter estão adormecidas. Durante o tempo em que os seus instintos permanecem latentes, ela é mais dócil, e por isso mesmo mais acessível às impressões que podem modificar a sua natureza e fazê-la progredir, o que facilita a tarefa dos pais.


            O Espírito reveste, pois, por algum tempo, a roupagem da inocência. E Jesus está com a verdade, quando, apesar da anterioridade da alma, toma a criança como símbolo da pureza e da simplicidade.


Cap. VIII - Evangelho Segundo o  Espiritismo 


História para todas as idades


Juju Tagarella ,

Fala tudo SEM PENSAR.

Na boca não tem tramela.

 

Na Casa Espírita  ou na escola ;

Quando lhe pedem silêncio,

Ela a todos ignora ,

E para sua  professora ,

não dá a mínima  bola .

 

Só ela é quem tem razão ;

E quando se trata de dar opinião ;

Está sempre disponível;

Está sempre de plantão .

 

Da irmã da amiga da tia,

Toda a vida conhecia;

Era só um blá-blá-blá;

Que era isso ou aquilo ;

Que foi aqui e acolá .

 

Gostava de aumentar ;

De se auto lisonjear ;

Quando comprou um fusca ;

Disse que era um "Jaguar".

 

Pela vida fofocava ;

Sem ao menos se importar ;

Com  danos e confusões ;

Que poderia causar .

 

Inventou mentiras graves ;

Fez casal se separar ;

Trabalhador ser demitido ;

E filho ir de castigo .

Conhecer Juju Tagarella ;

Era pura esparrela.

 

Um belo dia porém ;

Falava, inventava , mentia e irritava

A língua tanto se mexia, que nem sei o que parecia .

Talvez uma  cobra... uma chama ou uma chibata.

Mas eis que ao seu encontro veio voando uma barata .

Cof...Cof...gasp...gasp ...

Engoliu o tal bichinho e gritou apavorada.

- Acho que fui atingida por uma flecha envenenada !

- Vou morrer ....oooh...não posso falar mais nada ...!!!

E assim sucumbiu desmaiada .

 

Chamaram o Doutor Beltrano,

Um bom médico do lugar .

Apesar de não gostarem dos hábitos da tal moça,

Mesmo por caridade alguém tinha que lhe salvar .

Reanimou-a o bom senhor.

E pôs-se a explicar :

-Não é uma baratinha o que poderá lhe matar ... portanto, a sra pode agora se acalmar .

- Mesmo assim vou lhe aconselhar , Sra. Juju Tagarella.

- O que envenena o homem não é o que vai pela boca, mas sim o que pode sair dela.

Por isso o Grande Mestre um dia recomendou :

Quando for falar dos outros ou dar a sua opinião

Lembre-se :  a boca só põe pra fora

do que está cheio o coração.

(Patrícia Bolonha - 2006 - Fonte: http://www.cvdee.org.br/evangelize/pdf/3_0387.pdf)



História para crianças até 6 anos



Músicas para crianças até 6 anos








Atividades para crianças a partir de 7 anos





Mensagem da Semana

 

sexta-feira, 7 de agosto de 2020

Homenagem aos Pais










Parábola do Semeador









Em certa ocasião, deixando a sua casa, dirigiu-se Jesus ao Lago de Genesaré, onde proferiria uma série de parábolas. Por conta disso, atraída pelas notícias dos feitos do Cristo, bem como pelos ensinos que costumava ministrar, uma grande multidão se juntou ao seu redor, de maneira que teve que se assentar num barco que estava no mar, para que, da praia, toda a multidão o visse e o ouvisse com clareza.


“Novamente começou a ensinar junto ao mar, e reúne-se junto dele uma turba numerosíssima, de modo que entrou no barco, que estava no mar, para se assentar, e toda a turba estava sobre a terra, junto ao mar. Ensinava-lhes muitas coisas em parábolas, e lhes dizia no seu ensino: Ouvi! Eis que o semeador saiu a semear. E sucedeu que, ao semear, uma parte caiu à beira do caminho, e vieram as aves e a comeram. Outra parte caiu sobre solo pedregoso, onde não havia muita terra, e brotou imediatamente, por não haver profundidade de terra. E quando raiou o sol, foi crestada e, por não ter raiz, ressecou-se. Outra parte caiu nos espinheiros; os espinheiros subiram e a sufocaram; e não deu fruto. Outra parte caiu em terra boa e dava fruto, que desponta e cresce; um carregava trinta; outro, sessenta; e outro, cem. E dizia: Quem tem ouvidos para ouvir, ouça! ” (Marcos 4: 1-9).


Mais tarde, a pedido de seus apóstolos que o interrogaram quanto ao significado da parábola, em particular, Jesus esclareceu o seu sentido: “O semeador semeia a palavra” (Marcos 4: 14).


A semente, portanto, é a palavra de Deus, sendo, pois, Jesus, o semeador. Tal palavra é absoluta, imutável, contendo nela toda a Lei do Amor, que abrange a Religião e a Ciência, a Filosofia e a Moral. A palavra de Deus é sempre a mesma para todos, e tem sido apregoada em toda a parte, desde que o Homem passou a ter condições de recebê-la.


Já o solo representa a capacidade individual de cada um de compreender a palavra de Deus, ou seja, o seu estado moral e intelectual. Metaforicamente, o solo é tão mais fértil quanto melhores forem as suas condições de receber a semente. Se, por um lado, essa semente tem germinado abundantemente em alguns, por outro lado, há aqueles em que a semente não desabrocha ou, se desabrocha, não produz frutos.


Se ela não atua com a mesma eficácia perante todos, tal fato se dá devido à variedade dos Espíritos encarnados na Terra; uns mais adiantados, propensos ao bem, à caridade e à fraternidade; outros, mais atrasados, propensos ao mal, ao orgulho e ao egoísmo, apegados aos bens terrenos, à matéria, a tudo o que é efêmero.


“Os que estão à beira do caminho, onde a palavra é semeada, são estes: quando ouvem, imediatamente vem Satanás e tira a palavra semeada neles” (Marcos 4:15).


A beira do caminho é o chão batido, duro, impenetrável, onde a semente não pode germinar. Representa aqueles que nem mesmo compreendem a palavra de Deus, pois não são capazes de receber a semente, uma vez que, caindo elas ali, vêm as aves e as comem. São as mentes áridas, endurecidas, que ainda não estão preparadas para as coisas espirituais.


Os pássaros, conforme sugeriu Jesus, representam a ação dos espíritos adversários do bem, que se comprazem em fazer desaparecer os seus bons ensinos das mentes fracas, que não absorveram a mensagem divina, pois, tendo estas ficado apenas na superfície de um solo impenetrável, são levadas embora e nenhum ato bom vem a ser produzido.


“O que é semeado sobre solo pedregoso são estes: quando ouvem a palavra, imediatamente a recebem com alegria, e não têm raiz em si mesmos, mas são transitórios; então, ocorrendo provação ou perseguição por causa da palavra, imediatamente se escandalizam” (Marcos 4: 16-17).


O solo pedregoso representa aqueles que já têm alguma condição espiritual de assimilar a palavra de Deus. No entanto, embora recebam a palavra com entusiasmo, sucumbem ante a primeira adversidade, desistindo de seus ideais espirituais por conta das dificuldades ou perseguições. Tal fato, na parábola, é representado pelo sol que, não tendo a semente gerado raízes, por não haver muita terra, queimou a planta que germinava.


“Os outros, semeados entre espinhos, são estes: são os que ouvem a palavra, e as ansiedades da era, o engano da riqueza, os desejos a respeito das demais coisas penetram, sufocam a palavra, e torna-se infrutífera” (Marcos 4: 18-19).


Os espinheiros simbolizam as seduções do mundo. Trata-se, pois, de um solo potencialmente fértil, mas que, em vez de germinar a palavra de Deus, dá lugar aos espinhos da matéria, que crescem e sufocam a sementeira espiritual. Tal é o caso daqueles cuja capacidade intelectual é desenvolvida e, portanto, haveria neles condições de conceber a palavra de Deus. No entanto, não conseguem colocá-la em prática, uma vez que seu lado moral é sufocado pelos interesses mundanos, já que, para estes, as sensualidades da matéria parecem mais interessantes do que os ensinamentos de ordem espiritual.


“Os que são semeados sobre a terra boa são aqueles que ouvem a palavra e a recebem, e frutificam, um trinta, um sessenta e um cem” (Marcos 4: 20).


Finalmente, a terra boa é o solo fértil, aquele em cuja superfície brotam as sementes que virão a produzir frutos mais tarde. Representa aqueles que se fazem receptivos às coisas espirituais, e que colocam em prática os ensinamentos de Jesus, cada um de acordo com o seu nível de adiantamento e dentro das suas possibilidades.


Alguns frutificarão trinta; outros, sessenta; outros, ainda, cem. Isso porque cada um tem em si a capacidade de assimilar a palavra de Deus em maior ou menor grau. Cabe a nós, portanto, nos questionarmos: que tipo de solo tenho sido? Quantos frutos tenho produzido? Que tipo de exemplos tenho semeado?


Sejamos, irmãos, como o solo fértil, fazendo-nos receptivos aos sublimes ensinamentos do mestre Jesus que, colocados em prática, inevitavelmente nos permitirão produzir os mais belos frutos. Desses frutos surgirão novas sementes, de maneira que, cada um de nós, aplicados no trabalho dessa seara, e guiados pelos ensinamentos do Cristo, teremos a oportunidade de contribuir, carregando, conosco, as sementes do Evangelho, as quais um dia hão de germinar em cada um dos corações daqueles que cultivarem a boa terra!


 Ariel Telo 


O autor usou como referências bibliográficas: "Parábolas que Jesus Contou e Valem Para Sempre", de Therezinha de Oliveira e "Parábolas e Ensinos de Jesus", de Cairbar Schutel.


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