“Amar, no sentido profundo do termo, é o homem ser leal, probo, consciencioso, para fazer aos outros o que queira que estes lhe façam; é procurar em torno de si o sentido íntimo de todas as dores que acabrunham seus irmãos, para suavizá-las; é considerar como sua a grande família humana, porque essa família todos a encontrareis, dentro de certo período, em mundos mais adiantados; e os Espíritos que a compõem são, como vós, filhos de Deus, destinados a se elevarem ao infinito. Assim, não podeis recusar aos vossos irmãos o que Deus liberalmente vos outorgou, porquanto, de vosso lado, muito vos alegraria que vossos irmãos vos dessem aquilo de que necessitais. Para todos os sofrimentos, tende, pois, sempre uma palavra de esperança e de conforto, a fim de que sejais inteiramente amor e justiça”. – A Lei de amor
Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap XI – amar ao próximo como a si mesmo
Educar a infância é semear o bom grão; é preparar uma nova sociedade, é criar um novo mundo onde habitará a justiça; onde reinará a solidariedade, garantindo o pão para todas as bocas, e a fraternidade a todos oferecendo ensejo de revelarem suas capacidades. É tempo de reconhecermos essas verdades. O Espiritismo, tendo por escopo principal promover a transformação do indivíduo, não pode permanecer por mais tempo alheio ao processo cuja eficácia é indiscutível na melhoria individual e social: a educação que, iniciada na infância, se transforma, no adulto, em autoeducação, realizando o sábio imperativo evangélico: Sede perfeitos como perfeito é o vosso Pai que estás nos céus.
Léon Denis, o grande apóstolo da Terceira Revelação, proferiu a seguinte sentença:
“O Espiritismo será o que os homens o fizerem.” Esta frase do eminente e destacado filósofo, com franqueza, impressionou-me mal durante muito tempo. Eu não me acomodava com o conceito de Denis. Achava que ele foi infeliz naquela expressão, porque, argumentava comigo mesmo: O Espiritismo é a Verdade e a Verdade é o que é e não o que os homens pretendem que seja.
Mais tarde, porém, com a reserva de experiências que fui acumulando, verifiquei que Léon Denis tem toda a razão no que disse a propósito da Doutrina Espírita. Realmente, as coisas se passam neste mundo, tal qual o conceito daquele conspícuo pensador. As palavras são as vestes das idéias. Os homens as interpretam segundo os seus interesses e pendores pessoais, das suas escolas e partidos. É assim que eles mudam as vesti- duras de uma ideia para outra, muito diversa, e, insistindo nessa troca, acabam conseguindo que o falso passe como verdadeiro, o irreal como pura evidência. A história humana está repleta de fatos dessa espécie.
Vejamos, por exemplo, o que foi o Cristianismo no seu berço, na sua fonte pulcra e o que é nos dias que correm. Que fizeram os homens do século do Cristianismo? Jesus predicou e deu testemunho de mansuetude, de solidariedade e das relações fraternas que devem servir de norma à vida humana. Partindo da paternidade divina, irmanou raças, nações e povos, abolindo as causas de separação. Fez notar, enfaticamente, que as finalidades do destino então na conquista do Reino de Deus, que é o da justiça, da liberdade e do amor. Sob a égide de tais postulados, Jesus afirmou: “Eu venci o mundo”. O que fizeram os homens, repetimos, dessa divina doutrina? Abandonaram aqueles sábios preceitos, enveredaram pela estrada do despotismo, empregando a violência ao invés da mansuetude [...].
Concluímos, pois, que o Cristianismo não permaneceu o que realmente é, mas ficou sendo o que os homens o fizeram.
Cumpre, agora, indagar: Que pretendem os homens fazer do Espiritismo, desviando-o de sua finalidade, precípua e verdadeira, que é, como desdobramento do Cristianismo, acender o facho da luz no interior das consciências, regenerando e reformando o homem por meio da Educação, tal como exemplificou o divino Mestre em sua passagem por este mundo?
Espíritas que me ouvis: Voltai vossa atenção para a escola — solução única de todos os problemas, dizendo com Jesus: “Deixai vir a mim os pequeninos, porque deles é o reino dos céus”.
Fonte: VINÍCIUS. Clama sem cessar. In:_________. O Mestre na educação. 10. ed. Rio de
E ele mesmo, o Mestre divino, é a nossa divina luz na evolução planetária.
Admitia-se antigamente que a recomendação do Senhor fosse mero aviso de essência mística, conclamando profitentes do culto externo da escola religiosa a suposto relevo individual, depois da morte, na imaginária corte celeste.
Hoje, no entanto, reconhecemos que a lição de Jesus deve ser aplicada em todas as condições, todos os dias.
[...] A mente humana é um espelho de luz, emitindo raios e assimilando-os [...].
Esse espelho, entretanto, jaz mais ou menos prisioneiro nas sombras espessas da ignorância, à maneira de pedra valiosa incrustada no cascalho da furna ou nas anfractuosidades do precipício. Para que retrate a irradiação celeste e lance de si mesmo o próprio brilho, é indispensável se desentrance das trevas, à custa do esmeril do trabalho.
Reparamos, assim, a necessidade imprescritível da educação para todos os seres.
Lembremo-nos de que o Eterno Benfeitor, em sua lição verbal, fixou na forma imperativa a advertência a que nos referimos: “Brilhe vossa luz.”
Isso quer dizer que o potencial de luz do nosso espírito deve ful- gir em sua grandeza plena.
E semelhante feito somente poderá ser atingido pela educação que nos propicie o justo burilamento.
Mas a educação, com o cultivo da inteligência e com o aperfeiçoamento do campo íntimo, em exaltação de conhecimento e bondade, saber e virtude, não será conseguida tão só à força de instrução, que se imponha de fora para dentro, mas sim com a consciente adesão da vontade que, em se consagrando ao bem por si própria, sem constrangimento de qualquer natureza, pode libertar e polir o coração, nele plasmando a face cristalina da alma, capaz de refletir a vida gloriosa e transformar, consequentemente, o cérebro em preciosa usina de energia superior, projetando reflexos de beleza e sublimação.
Fonte: XAVIER, F. C. Educação. In:__________. Pensamento e vida. Pelo Espírito Emmanuel.
18. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2010. p. 25-28.
HISTÓRIA
O Descuido Impensado
No orfanato em que trabalhava, Irmã Clara era o ídolo de toda gente pelas virtudes que lhe adornavam o caráter.
Era meiga, devotada, diligente.
Daquela boca educada não saíam más palavras.
Se alguém comentava falhas alheias, vinha solícita, aconselhando:
- Tenhamos compaixão...
Inclinava a conversa em favor da benevolência e da paz.
Insuflava em quantos a ouviam o bom ânimo e o amor ao dever.
Além do mais, estimulava, acima de tudo, em todos os circunstantes a boa-vontade de trabalhar e servir para o bem.
- Irmã Clara – dizia uma educadora -, tenho necessidade do vestido para o sábado próximo.
Ela, que era a costureira dedicada de todos, respondia, contente:
- Trabalharemos até mais tarde. A peça ficará pronta.
- Irmã – intervinha uma das criadas -, e o avental?
- Amanhã será entregue – dizia Clara, sorrindo.
Em todas as atividades, mostrava-se a desvelada criatura qual anjo de bondade e paciência.
Invariavelmente rodeada de novelos de linha, respirava entre as agulha e a máquina de costurar.
Nas horas da prece, demorava-se longamente contrita na oração.
Com a passagem do tempo, tornava-se cada vez mais respeitada. Seus pareceres eram procurados com interesse.
Transformara-se em admirável autoridade da vida cristã.
Em verdade, porém, fazia por merecer as considerações de que era cercada.
Amparava sem alarde.
Auxiliava sem preocupação de recompensa.
Sabia ser bondosa, sem humilhar a ninguém com demonstrações de superioridade.
Rolaram os anos, como sempre, e chegou o dia em que a morte a conduziu para a vida espiritual.
Na Terra, o corpo da inesquecível benfeitora foi rodeado de flores e bênçãos, homenagens e cânticos e sua alma subiu, gloriosamente, para o Céu.
Um anjo recebe-a, carinhoso e alegre, à entrada.
Cumprimentou-a. Reportou-se aos bens que ela espalhara, todavia, sob impressão de assombro, Irmã Clara ouviu-o informar:
- Lastimo não posso demorar-se conosco senão três semanas.
- Oh! por quê? – interrogou a valorosa missionária.
- Será compelida a voltar, tomando novo corpo de carne no mundo – esclareceu o mensageiro.
- Como assim?
O anjo fitou-a, bondoso, e respondeu:
- A Irmã foi extremamente virtuosa; entretanto, na posição espiritual em que se encontrava não poderia cometer tão grande descuido. Desperdiçou uma enormidade de fios de linha, impensadamente. Os novelos que perdeu, davam para costurar alguns milhares de vestidos para crianças desamparadas.
- Oh! Oh! Deus me perdoe! – exclamou a santa desencarnada – e como resgatarei a dívida?
O anjo abraçou-a, carinhoso, e reconfortou-a dizendo:
- Não tema. Todos nós a ajudaremos, mas a querida irmã recomeçará sua tarefa no mundo, plantando um algodoal.
XAVIER, Francisco Cândido. Alvorada Cristã. Pelo Espírito Neio Lúcio. FEB.
- Jesus nos chama para fazermos a renovação de nossos sentimentos para nossa própria iluminação interior, baseados nas virtudes representadas simbolicamente nas crianças
Harmonização com musicas.
Prece Inicial,
Primeiro momento: DINÂMICA inicial
Preparar em um copo uma mistura de água e limão, sendo que a maior parte seja de suco de limão.
Colocar sobre a mesa dois copos, uma contendo água pura e a outra com a mistura com suco de limão.
Convidar os evangelizando a provarem a água percebendo o sabor ácido e desagradável que contém um dos copos.
Questionar porque a água de um dos copos não era agradável.
Concluir-se-á que um dos copos continha uma mistura na água, e isso a tornava uma água que não era pura.
Segundo momento:
Assim como a água do copo estava impura ou, com uma mistura que a tornava desagradável para beber, será que o nosso coração pode ser como esssa água impura? E o que pode tornar o coração impuro?
Quando permitimos que o ódio, o rancor, mágoa, inveja e orgulho entrem em nosso coração e façam nele morada, nosso coração está impuro.
O coração é a morada da alma, onde guardamos os nossos sentimentos, sejam bons ou ruins.
Certa vez, Jesus ensinou sobre a pureza do coração, aconteceu quando algumas mães trouxeram seus filhos para abençoá-los, mas os discípulos afastaram as crianças impedindo que chegassem perto de Dele. E Jesus que ama muito as crianças, pois Seu coração é de uma criança pura em sentimentos, disse aos discípulos: “deixe que venham a mim as criancinhas”.
Jesus deseja que as pessoas adultas sejam como as crianças, que sintam como elas; e o que tem no coração de uma criança que faz com que Jesus recomende-a?
Porque a criança, com seus gestos humildes, desprovidos de maldade e egoísmo, é a verdadeira imagem da simplicidade e pureza. Jesus tomou a criança então como o símbolo dessa pureza e nos ensinou que, para conquistar a felicidade, e possuir um coração como o D’Ele, nós devemos assemelhar a elas em HUMILDADE E SIMPLICIDADE.
Um coração puro é um coração sem maldade, vícios. Um coração puro é isento de todo o mal.
Para facilitar a compreensão, fazer analogia com um copo sujo de barro, que colocamos embaixo de uma torneira de água limpa: o que acontece? O copo vai ficando limpo. E se ao mesmo tempo em que jogamos água limpa, jogamos também lodo?
Questionar os evangelizando como limpamos nosso coração, e concluir que o nosso coração necessita ser limpo através das boas emoções pautadas no amor e na caridade cristã, como ensina esse Salmo: “Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova em mim um espírito estável” (51:10).
A verdadeira pureza, segundo Jesus ensinou, a pureza da alma, são daqueles que sabem desculpar e perdoar as ofensas recebidas, daqueles que não desejam guardar as coisas só para si e compartilha o que tem, confia que nunca vai lhes faltar, e por amor aos semelhantes sabe doar de si o afeto e o alimento do corpo. São aqueles que sabem que precisam aprender muitas coisas e não ficam orgulhosos do que sabem e da sua posição no mundo; que amam toda a criação de Deus e a respeita, os animais, as plantas; é aqueles que respeitam os pais, família, amigos e todos semelhantes independente de sua crença, pobre ou rico, feio ou bonito, inteligente ou ignorante. São aqueles que fazem da caridade, perdão e fraternidade parte de sua existência. Todas essas coisas são características de um coração puro e limpo.
A pureza do coração é algo a ser conquistado e praticado com esforços em ter e manter bons pensamentos e boas ações junto à vigilância dos pensamentos e da oração.
Jesus com esse ensinamento nos chama a fazermos a renovação de nossos sentimentos para nossa própria iluminação interior, baseados nas virtudes representadas simbolicamente nas crianças, ou seja, a simplicidade, humildade, espontaneidade e a sinceridade que a criança de bons sentimentos possui.
Aquele que pensa, mas não faz o mal, é como se tivesse feito o mal. Estes têm impurezas na alma, mesmo sem fazer, pois a intenção existe e pode levá-lo a fazer. Por isso devemos conter os pensamentos, e transformar pensamento e intenção em bons pensamentos e ações. Deve ser assim, se penso em brigar e discutir, por exemplo, eu procuro desculpar, perdoar e ser amigo do ofensor.
Vamos concluir? Ter um coração puro significa não se manchar com pensamentos sombrios. Na maioria das vezes reagimos mal, porque nossas ações e nossas palavras nem sempre são com amor e no bem.
Às vezes, somos tomados por raiva, ciúme, inveja e outros sentimentos desagradáveis. Felizmente, Deus pode nos dar força para dominar esses sentimentos quando pedimos em preces para que nos auxilie com nossas más tendências.
Quando você sentir que está se deixando dominar pelo mal que habita ainda seu coração, pense em Jesus e se pergunte: Que faria Jesus em meu lugar? Ele iluminará sua consciência para pensar e agir nas leis de Deus.
Terceiro momento:
Que tal agora fazermos uma reflexão juntos sobre “Como eu deveria agir para ter um coração mais puro e evitar ações que me afastem desta reforma?”
Quais seriam as ações que são como a água cristalina que limpa o copo (nosso coração)?
Que ações/pensamentos/sentimentos são como o lodo (impurezas) que sujam o copo?
Quem é o nosso anjo da guarda? Não sabemos seu nome, podemos chamá-lo de Anjo da guarda, anjo guardião. É um Espírito protetor, pertencente a uma ordem mais elevada, isto é, é um Espírito amigo, mais evoluído do que o encarnado, que lhe acompanha desde o nascimento até a morte e muitas vezes no plano espiritual, depois da morte, ou mesmo através de muitas existências corpóreas. É um Espírito desencarnado destinado por Deus para nos auxiliar e dar bons conselhos nesta existência.
Sugestão: ler O Livro dos Espíritos q. 489 e 492.
Como ele se parece? Ele tem a forma humana, provavelmente a forma do corpo físico de sua última reencarnação. Ele não tem asas, porque os seres humanos não têm asas. Se houver necessidade ele até pode aparecer de asas para alguém que acredita que os anjos têm asas (algumas religiões acreditam), mas será apenas para ser reconhecido como anjo da guarda.
Como nosso anjo da guarda entra em contato conosco? Ele nos fala através da intuição, é uma voz interior que nos dá uma idéia no caminho do bem. Ele também pode se manifestar através dos conselhos de um amigo (lembrar que amigo verdadeiro só dá conselhos para o bem), da palavra de consolo de um colega de sala de aula ou de alguém próximo a nós, de uma leitura, história, entre outras maneiras.
Muitas vezes se comunica conosco durante o sono do corpo físico. Às vezes, através até mesmo de algo que parece um imprevisto, um atraso, mas que é algo que ocorre para o nosso bem. Quando algo não dá certo, precisamos confiar na bondade de Deus, não falar mal, não reclamar, não se revoltar, esperar um pouco, porque Deus sempre faz pelo melhor, mesmo que não entendamos no momento, mais tarde vamos perceber que também aquilo foi para o nosso bem. Neste momento o evangelizador poderá citar um exemplo verdadeiro que seja de seu conhecimento e de fácil entendimento pelos evangelizandos.
Quando podemos nos comunicar com nosso anjo guardião? Através da prece, ouvindo sua voz quando nos dá bons conselhos. E quando devemos orar? A qualquer hora e em qualquer lugar. Nosso primeiro pensamento do dia pode ser para o nosso anjo guardião, agradecendo a ele por ter aceitado nos auxiliar nesta vida e pedindo a proteção, os conselhos para o bem e a ajuda necessária para aquele dia. Quanto mais coisas boas fizermos, mais ligados a ele nos tornamos, e ele tem melhores condições de nos auxiliar. Quando formos dormir, também é importante pedir que nos aconselhe durante o sono, e que nos acompanhe onde formos, em espírito, durante o sono do corpo físico.
Por que temos um anjo da guarda? Por causa da bondade de Deus, todas as pessoas encarnadas tem alguém destinado a dar conselhos para o bem. O Anjo da guarda nunca vai dizer para a gente brigar, falar mal, mentir, responder com grosseria, ou fazer mal a alguém, pois seus conselhos são sempre na direção do bem, a fim de nos auxiliar a viver os ensinamentos de Jesus e evoluir moral e espiritualmente. Devemos fazer bom uso de seus conselhos e ficar atentos a sua voz, agradecendo sempre a ajuda recebida. Lembrar que a palavra anjo significa ser espiritual.
Sugestão: ler O Livro dos Espíritos q. 495
O Livro dos Espíritos parte 2, cap. IX, Anjos de guarda, Espíritos protetores, familiares ou simpáticos – questões 489 a 521. O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XXVIII, Aos anjos guardiães e aos Espíritos protetores.
Os ensinamentos de Jesus estão contidos nos Evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas, João) escritos pelos seus discípulos. Os Evangelhos têm passagens suaves e consoladoras que revigoram nosso espírito e contém as regras de conduta moral que devemos seguir para nos tornamos felizes.
- Recomenda-se realizar com a família o culto do Evangelho no lar, pelo menos uma vez por semana, a fim de que a casa se transforme num ninho de amor, união, colaboração e perdão entre seus integrantes.
- O Espírito Neio Lúcio, através da psicografia de Chico Xavier, afirma que o primeiro culto cristão no lar foi realizado por Jesus na casa de Simão Pedro (Seu apóstolo).
- O "Culto do Evangelho no Lar" é um poderoso instrumento de apoio moral para todas as pessoas que desejam realizar a sua reforma íntima, pois possibilita compreender melhor os Ensinos de Jesus e colocá-los em prática. Ajuda-nos, também, a enfrentar as dificuldades da nossa existência com mais fé e coragem e superar problemas de relacionamento pessoal seja na família ou na sociedade de uma forma geral (2).
- Evangelho no Lar é Cristo falando ao coração, pois o Mestre vive presente conosco através de suas lições. Segundo a promessa do Evangelho Redentor, "onde estiverem dois ou três corações em Seu Nome", aí estará Jesus, amparando-nos para a ascensão à Luz Celestial, hoje, amanhã e sempre (1).
- Quando os ensinos de Jesus são introduzidos em nosso lar, modificam-se as palavras ofensivas, as expressões de desarmonia e de desconforto, dando lugar a condição de entendimento, de alegria e de paz. E aqueles que antes experimentavam antipatia pelos familiares, descobrem a necessidade de auxílio mútuo.
- Quando uma família ora em casa, estudando a revelação divina, recebe o auxílio dos Espíritos da luz. A família que cultiva a prece no lar transforma-o em fortaleza, pois recebe proteção contra influências espirituais negativas, favorecendo o trabalho dos espíritos protetores que atuam em nosso benefício. Quando os corações estão unidos pela Fé, todos recebem bênçãos e alegria.
- Como devemos realizar o culto do Evangelho no lar? Devemos escolher um dia da semana e um horário em que, pelo menos, a maioria dos familiares (adultos, jovens e crianças) possa participar. E disponibilizar um copo com água para cada participante, facilitando, assim, uma fluidificação da água de acordo com as necessidades de cada um.
- A reunião deverá ser iniciada com uma prece, em voz alta, por um dos presentes, expressa de maneira simples, sempre usando o coração. Em seguida, iniciar a leitura de O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO que poderá ser efetuada de duas maneiras: leitura de maneira ordenada , pela qual o Evangelho deverá ser lido em sequência, ou abrindo-se uma página ao acaso , permitindo que a espiritualidade possa interagir nesse processo. Devemos escolher um trecho do Evangelho que não seja longo demais. E após a leitura, deixar a palavra livre, numa sequência combinada, para que os integrantes façam perguntas ou exponham sua interpretação. Trinta minutos é o tempo ideal para essa reunião, apesar de não haver nada que a impeça de durar mais algum tempo. Para encerrar a reunião, deverá ser feita uma prece, agradecendo pela oportunidade do encontro e do estudo. E, após, beber a água fluidificada.
Comentário (1): Luz no lar. Item 9. Espírito Scheila. Psicografado por Chico Xavier. (2): Revista HIKARI-NI-MUKATTE no. 1, editada pela Comunhão Espírita Cristã Francisco Cândido Xavier - em Toquio, Japão.
O homem encarnado é formado por três partes: o corpo físico (matéria pesada), o perispírito ou corpo espiritual (matéria leve), e o Espírito (clarão). E também é composto pelo fluído vital, que somente os seres vivos possuem.
- Paulo de Tarso afirma que: '' Há corpos celestes e há corpos terrestres''.
- O Espírito encarnado é aquele que possui carne, ou seja, corpo físico; já o Espírito desencarnado é aquele que já deixou o corpo.
- O Espírito, juntamente com o perispírito, permanecem após a morte do corpo físico. Quando alguém diz que viu um Espírito, na realidade viu o seu Perispírito.
- Portanto, existem dois mundos: o mundo espiritual, composto por espíritos desencarnados e o mundo material, composto por espíritos encarnados.
- Pode-se dizer que os espíritos são seres inteligentes da criação divina, pois através do pensamento, inventamos coisas, temos sentimentos de amor, bondade, alegria, ou sentimentos ruins, de tristeza, ódio, egoísmo etc.
- O Espírito após ser criado é eterno (sem fim), e Deus sempre está criando novos Espíritos. Portanto, um espírito pode ser mais velho do que o outro, conforme a sua idade espiritual.
- Pode-se dizer que o Espírito é incorpóreo, ou melhor um clarão (como, por exemplo a luz do sol), pois difere de tudo o que conhecemos sob o nome de matéria, a sua cor varia da sombra ao brilho do rubi, segundo seja o Espírito mais ou menos puro. Portanto, aqueles que são imperfeitos e desejam o mal não possuem brilho.
- O perispírito é um corpo semi-material, é o elo intermediário entre o corpo ao Espírito. O corpo físico recebe as sensações (de calor e frio, por exemplo) e transmite ao Espírito, por meio do perispírito. O perispírito é invisível, no seu estado normal, mas pode se tornar visível através de modificações, como aconteceu com Jesus, que apareceu para seus discípulos após a morte.
- Quando um espírito se torna visível, ele se apresenta geralmente com a aparência que ele tinha quando encarnado. No entanto, o formato do perispírito pode ser modificado conforme o pensamento, pois ele é maleável.
- Todas as nossas experiências boas ou ruins ficam registradas no perispírito. Portanto, é importante cuidar do nosso espírito, pois os maus pensamentos e as más ações podem provocar desequilíbrios nos nossos corpos.
- O corpo físico é a matéria pesada que Deus nos deu para cumprir as nossas tarefas aqui na Terra, necessárias para a nossa evolução. É importante cuidar muito bem dele, através da alimentação saudável, higiene e prática de esportes.
- Deus criou os espíritos simples e ignorantes (sem saber), para que através das experiências em diversas existências, possam alcançar a perfeição, do qual Jesus é o nosso modelo.
HISTÓRIA
Você não é um, você é três.
D. Galinha Cocoricó
Ouviu seu pintainho perguntar ?
Manheeeeê .....Quem nasceu primeiro
O Ovo ou galinha ?
Ora, ora pinta -pintinho
Me responda você .
Quem fez o ovo e a galinha
E também o gato , o cão , a flor , e as criancinhas ?
Pinta-pintinho nisso não pensou
Como teria sido toda aquela Criação .
Certamente alguém muito poderoso
Mas quem ? Você já imaginou ?
Já ouviu falar em DEUS ?
Pois Ele é o ínicio de todas as coisas .
Inteligencia Suprema , que tudo criou
A partir de seu próprio principio ,
Uma energia sem fim ,
Fez tudo o que existe ,
Desde o Sol e o Universo
Até os bichinhos do jardim.
Nos seres essa energia se chama ESPÍRITO
Para alguns também ALMA
Ele é o verdadeiro SER
É Ele quem nos fazer VIVER
Pinta -Pintinho olhou sua cor amarelinha
E disse : Isso é minha alma ?
Apontando suas peninhas.
Não , isso é seu corpinho
Ele é a sua casca ,
Que te protege na sua encarnação
E te leva aonde você for
Até o fim da sua missão .
- Então eu sou como o ovo ,
Tenho casca ?
E meu espírito é a gema ?
E a clara , eu tenho também ?
Calma, calma , seu falante !
É mais ou menos assim ,
Deus te deu como o ovo , uma casca
Que é seu corpo ,
Te deu uma “clara “ também .
É o seu PERISPIRITO .
Um envoltório que liga o seu PENSAMENTO
Que é o seu ESPÍRITO
Com o seu CORAÇÃO que é o seu CORPINHO .
Ele registra suas emoções, suas impressões e também suas ações
e tem o mesmo formato que você Pinta - Pintinho .
Só que não aparece , assim como a clara é também transparentinho.
A Terra recepciona atualmente a quinta geração de profitentes do Espiritismo, composta de número maior de criaturas que receberão a responsabilidade espírita pela segunda vez. Esse evento, de suma importância na Espiritualidade, reclama vigilante dedicação dos pais, mais viva perseverança dos médiuns, mais acentuada abnegação dos evangelizadores da infância, maior compreensão de todos.
Um exemplo de alguém, uma página isolada, um livro que se dá, um fato esclarecedor, uma opinião persuasiva, uma contribuição espontânea, erigir-se-ão, muita vez, por recurso mais ativo na excitação dessas mentes para a verdade, catalisando-lhes as reações de reminiscências adormecidas, que ressoarão à guisa de clarins na acústica da alma.
Amigo, o Espiritismo é a nossa Causa Comum.
Auxilia os novos-velhos mergulhadores da carne, divide com eles os valores espirituais que possuis. Oferece-lhes a certeza de tua convicção, a alegria de tua esperança, a caridade de tua ação.
Se eles descem à tua procura, é indispensável recordes que esses companheiros reencarnantes contigo e o teu coração junto deles “serão conhecidos”, na Vida Maior, “por muito se amarem”.
Carlos Lomba
Fonte: VIEIRA, Waldo. Espíritas pela segunda vez. In:___________. Seareiros da volta. Por Diversos
Espíritos. 7. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2007. p. 77-78.
Vocês acham que o Brasil é a Pátria do Evangelho? Por quê? Ouvir e comentar de onde vem a ideia do Brasil ser a pátria do evangelho.
Comentar da vida simples dos índios. Da vinda dos negros e depois dos imigrantes europeus. Da mistura de raça que aqui existe.
Dizer das belezas do nosso país. Da possibilidade que temos de ouvir qualquer música, usar qualquer roupa, seguir qualquer religião.
Ressaltar a questão da benevolência do povo, lembrar que Jesus veio para “os doentes, para os enfermos espirituais”.
Portanto, ser pátria do evangelho é oferecer a espíritos devedores oportunidade de reequilíbrio, através da luta pela vida. Em nossa terra recebemos o mais querido dos imigrantes- o Espiritismo, que resgata a pureza, a essência dos ensinamentos de Jesus.
Aqui é que o Espiritismo se desenvolveu. Ser pátria do evangelho não é um privilégio, nem motivo de orgulho. É uma proposta da espiritualidade que está em andamento. É um projeto que se completará quando diminuirmos as dores provocadas neste país pelas diferenças sociais. O espírita consciente muito recebeu e muito pode oferecer. Educar-se é missão de cada um. E um povo Educado… Educa o mundo através de exemplo e da oportunidade que oferece para os que aqui reencarnam. Abracemos esse compromisso.
“..., mas, ao lado dos métodos de educação, a disciplina salvadora do Evangelho que corrige com amor e esclarece com justeza, para orientar e ajudar.
Educação – alimento da vida.
Espiritismo – vida.
É de bom alvitre estimulemos o ensino, evangelizando o professor, a fim de que este possa transmitir o conhecimento clareado pela sabedoria de Jesus Cristo, o Mestre por excelência.
Por isso, o Espiritismo é doutrina eminentemente educativa. Com as luzes que projeta sobre a alma humana, resolve todos os problemas do ser, do destino e da dor. Dirigido à criança, toma no presente as mãos do homem do futuro e prepara-o para as lides da imortalidade triunfante.
Afirmamos, pois, sem receio: Espiritismo e Educação são partes essenciais de um mesmo todo na sementeira do amor integral.”
Lins de Vasconcellos
Fonte: FRANCO, Divaldo, Educação e espiritismo. Crestomatia da imortalidade. Por Diversos Espíritos. Salvador, BA: LEAL, 1969.p.49-52.
HISTÓRIA para todas as idades
KARDEC, UM EXEMPLO DE ESTUDO
Há muitos anos (ano de 1804) nasceu um menino educado, inteligente e muito bom, num país muito longe, chamado França. Seus pais escolheram para ele o nome de Hippolyte Léon Denizard Rivail. É um nome diferente, não é? É um nome francês, de pessoas que falam diferente de nós.
Esse menino, Rivail, era muito estudioso. Desde pequenino ele gostava de estudar, de olhar livros, de ler!
Aos dez anos de idade seus pais o mandaram para outro país - a Suíça, para aprimorar os seus estudos, pois lá havia a melhor escola da época. Era a escola da fraternidade, que cuidava para que as crianças e os jovens se tornassem homens responsáveis e úteis à sociedade.
Ele gostava muito de ensinar e por isto foi professor durante muito tempo. Ele era muito esforçado e trabalhador, durante o dia trabalhava e a noite estudava.
Sabem o que ele fazia durante o dia? Ensinava em sua casa, gratuitamente a muitos jovens que não tinham condições de pagar a escola. O professor Rivail, por ter estudado muito, era também médico e falava muitas outras línguas, além da sua, o Francês.
Uns anos depois, se deu um episódio feliz em sua vida. Ele conheceu uma moça de nome Amélie Gabrielle Boudet, com quem se casou. Ela também era professora. Ele e a esposa trabalhavam bastante. Entre outros afazeres, ele escrevia livros de estudo para as escolas. Tornou-se assim, um homem conhecido e respeitado.
Um dia...aconteceu algo muito importante, quando estava com 50 anos de idade, através de um amigo, tomou conhecimento de coisas estranhas que vinham acontecendo na cidade. Dizia o amigo que, em determinada reunião que assistira, os objetos se movimentavam e uma mesa chegara a falar.
É... é isto mesmo, conversando! O professor Rivail, acostumado ao estudo, à pesquisa, achou aquilo muito estranho, mas, depois do amigo insistir muito, decidiu assistir uma das reuniões.
Ali, Rivail viu pela primeira vez o fenômeno das mesas que se movimentavam sozinhas. Objetos diversos como vasos, flores e chapéus se moviam em pleno ar, sem nenhum apoio. O professor ficou a pensar: será que são as pessoas que estão aqui que causam as pancadas? Se não, devia haver uma causa...
E se pôs a pesquisar. Começou a freqüentar, com assiduidade, as reuniões semanais, disposto a descobrir o que havia por detrás daquilo tudo. Logo, descobriu que eram os Espíritos, porque perguntou quem batia e movimentava a mesa e recebeu a resposta:
- Somos os Espíritos.
Sabe como eles conversavam no início? Era através de pancadas na mesa.
Então, os Espíritos informaram que nada mais eram do que as almas dos homens que já haviam deixado o corpo físico.
Vou explicar com detalhes, é assim: quando uma pessoa morre, só o corpo de carne é que acaba, que morre.
Vocês sabem que o Espírito vai para o mundo espiritual, não é? Pois então, quando desencarnamos, o corpo vai ficar na Terra, vai ser enterrado. Mas, nós somos Espíritos e continuamos vivos. Todo mundo é assim.
Então as pessoas que morrem são Espíritos desencarnados, só não têm o corpo de carne.
Pois então... Rival aprendeu a conversar com os Espíritos, com as pessoas que já estavam desencarnadas.
Os Espíritos ensinaram a Rivail muitas coisas e ele codificou, isto é, organizou as informações que recebeu dos Espíritos em livros, para que todas as pessoas pudessem ler.
O professor Rival preferiu assinar os livros espíritas com o nome de Allan Kardec, porque segundo lhe revelara um Espírito, ele tivera este nome em outra existência. Os livros que foram organizados por Allan Kardec, deram origem a Doutrina Espírita e são os seguintes:
• O Livro dos Espíritos
• O Livro dos Médiuns
• O Evangelho segundo o Espiritismo
• O Céu e o Inferno
• A Gênese
• Obras Póstumas (publicada após a desencarnação de Allan Kardec)
Ele escreveu também a Revista Espírita que era publicada mensalmente.
Quando vocês crescerem mais um pouquinho, poderão ler todos estes livros e muitos outros que foram escritos, pesquisados a partir das obras de Allan Kardec. Agora eu vou contar a última coisa linda da vida de Kardec. Quando ele desencarnou, muitos Espíritos, cheios de luz, vieram buscá-lo e, de mãos dadas, levaram Kardec para o mundo espiritual, cantando uma música muito bonita. Tudo ficou cheio de luz, brilhando...
Fonte de Pesquisa: AME/JF – texto com pequenas alterações
Um certo homem tinha dois filhos, que com ele moravam no seu lar.
Um dia, o mais moço disse ao seu pai:
— Papai, dá-me a parte da tua riqueza que me pertence. Eu desejo correr mundo, viajar por outras terras, conhecer nova gente...
O velho pai com o coração partido, diante desse pedido, repartiu com ambos os seus haveres, dando a cada um a parte que lhes cabia, de sua fortuna.
Alguns dias depois, o filho mais novo, juntando todas as coisas que lhe pertenciam, partiu para um país distante, muito longe de sua terra natal.
Esse moço, infelizmente, não era ajuizado. Mal chegou ao país estrangeiro, começou a gastar, sem cuidado, todo o dinheiro que possuía. Durante muitos dias não fez senão desperdiçar tudo que tinha. Buscou a companhia de outros rapazes desajuizados e consumiu toda a sua fortuna em bebidas e festas, vivendo uma vida sem nenhum significado e desperdiçou tudo o que tinha com pessoas interesseiras, que só estavam com ele por causa do dinheiro.
Um dia, viu que avia gasto a última moeda e se achava na mais absoluta miséria, e os seus amigos o abandonaram porque o dinheiro acabara.
Então houve uma grande fome naquele país, e ele começou a passar necessidade, procurou ajuda, mas ninguém se dispôs a ajudá-lo. Então procurou um dos moradores daquela terra e pediu emprego.
Este o mandou para a sua fazenda a fim de tratar dos porcos. Ali, com fome, ele tinha vontade de comer o que os porcos comiam, mas ninguém lhe dava nada.
Foi então que o moço começou a pensar no que havia feito com seu bondoso pai, tão amigo, tão compreensivo, tão carinhoso... Refletiu muito... Como fora mau e ingrato para com seu paizinho! Como fora também ingrato para com Deus, desrespeitando o Seu Mandamento, que manda honrar os pais terrenos... Sofrendo a consequência de seu ato, o pobre rapaz arrependeu-se sinceramente de sua ingratidão e de seus dias vividos no erro e no vício...
E pensou, então, entre lágrimas:
— Na casa de meu pai há muitos trabalhadores e todos vivem felizes pelo trabalho honesto. Vivem com abundância de pão e tranquilidade... E eu, aqui, morrendo de fome!... Não, não continuarei aqui. Voltarei para minha casa, procurarei meu pai e lhe direi: “Meu pai, pequei contra o Céu e perante ti; não sou mais digno de ser chamado teu filho. Quero ser um simples empregado de tua casa”.
E o moço, como pensou, assim fez.
Abandonando o país estrangeiro, regressou à sua pátria e ao seu lar. Foi longa, difícil e triste à volta, pois ele não mais dispunha de dinheiro para as despesas de viagem. Passou muitas necessidades, sofreu fome e frio dormindo ao relento... Nunca abandonou, porém, a idéia de voltar para casa.
Finalmente, chegou ao seu antigo lar. Antes, porém, de atingir sua casa, seu velho pai o avistou de longe e ficou ainda mais compadecido, ao ver o filho naquele estado de grande miséria. Seu coração paterno, que nunca esquecera o filho ingrato, era todo piedoso. O bondoso pai correu, então, ao encontro do moço. E abraçando-o fortemente, beijou-o com imenso carinho.
Nesse momento, com lágrimas nos olhos, o filho disse ao seu pai compassivo:
— Meu pai, pequei contra o Céu e perante ti. Não sou mais digno de ser chamado teu filho. Quero ser um empregado de tua casa...
O bondoso pai, porém, que nunca deixou de amar seu filho, disse aos empregados da casa:
— Depressa! Tragam a melhor roupa para meu filho, preparem uma refeição para ele. Tragam-lhe calçado novo! Comamos todos juntos e alegremo-nos, porque este meu filho estava perdido e foi achado, estava morto e reviveu!
E todos os servos e empregados da casa atenderam imediatamente o velho pai e houve imensa alegria naquele grande lar.
O filho mais velho, porém, não estava em casa.
Achava-se trabalhando no campo. Quando voltou e viu aquela grande movimentação no interior da casa e ouviu as belas canções que os músicos acompanhavam com seus instrumentos, chamou um dos servos e perguntou o que era aquilo.
O servo respondeu:
— Foi teu irmão que chegou. Teu pai, de tão alegre e feliz, mandou que preparássemos uma ceia e uma festa, porque o jovem voltou são e salvo.
O filho mais velho, cheio de ciúme, revoltou-se contra a bondade de seu pai e não quis entrar em casa.
Em vão, o velho pai chamou-o. Mas, ele lhe respondeu:
— Meu pai, há muitos anos que te sirvo, sem nunca te desobedecer e nunca preparaste uma ceia para mim e meus amigos. Mas, para meu irmão, que gastou teu dinheiro nas orgias, em terra estrangeira, tu lhe preparas uma grande festa...
Vídeo para estudo
Vídeo para crianças até 6 anos
Atividade para crianças a partir de 7 anos
Convite aos Jovens
Este é um convite para um encontro muito especial, pra você que tem menos de 25 anos ou para seu/sua/seus/suas filho/filha/filhos/filhas ou amigos jovens.
Dia 30 de Agosto, das 18h às 20h pela plataforma do Zoom.
Quem estará conosco será o Rômulo, da cidade de Penha/SC para conversar sobre o tema: Nada de Fora Pertuba um Coração Tranquilo. Vai ser Massa! Para participar, basta fazer a inscrição pelo Link: https://forms.gle/fhXBtVzyDAss6Ajz6
Você não vai ficar de fora desse momento maravilhoso né????
1 – Bem-aventurados os puros de coração, porque eles verão a Deus. (Mateus, V: 8).
2 – Então lhe apresentaram uns meninos para que os tocasse; mas os discípulos ameaçavam os que lho apresentavam. O que, vendo Jesus, levou-o muito a mal, e disse-lhes: Deixai vir a mim os pequeninos, e não os embaraceis, porque o Reino de Deus é daqueles que se lhes assemelham. Em verdade vos digo que todo aquele que não receber o Reino de Deus como uma criança, não entrará nele. E abraçando-os, e pondo as mãos sobre eles, os abençoava. (Marcos, X: 13-16).
3 – A pureza de coração é inseparável da simplicidade e da humildade. Exclui todo pensamento de egoísmo e de orgulho. Eis porque Jesus toma a infância como símbolo dessa pureza, como já a tomara por símbolo de humildade.
Esta comparação poderia não parecer justa, se considerarmos que o Espírito da criança pode ser muito antigo, e que ele traz ao renascer na vida corpórea as imperfeições de que não se livrou nas existências precedentes. Somente um Espírito que chegou à perfeição poderia dar-nos o modelo da verdadeira pureza. Não obstante, ela é exata do ponto de vista da vida presente. Porque a criança, não tendo ainda podido manifestar nenhuma tendência perversa, oferece-nos a imagem da inocência e da candura. Aliás, Jesus não diz de maneira absoluta que o Reino de Deus é para elas, mas para aqueles que se lhes assemelham.
4 – Mas se o Espírito da criança já viveu, por que não se apresenta, ao nascer, como ele é? Tudo é sábio nas obras de Deus. A criança necessita de cuidados delicados, que só a ternura materna lhe pode dispensar, e essa ternura aumenta, diante da fragilidade e da ingenuidade da criança. Para a mãe, seu filho é sempre um anjo, e é necessário que assim seja, para lhe cativar a solicitude. Ela não poderia tratá-lo com a mesma abnegação, se em vez da graça ingênua, nele encontrasse, sob os traços infantis, um caráter viril e as idéias de um adulto; e menos ainda, se conhecesse o seu passado.
É necessário, aliás, que a atividade do princípio inteligente seja proporcional à debilidade do corpo, que não poderia resistir a uma atividade excessiva do Espírito, como verificamos nas crianças precoces. É por isso que, aproximando-se a encarnação, o Espírito começa a perturbar-se e perde pouco a pouco a consciência de si mesmo. Durante certo período, ele permanece numa espécie de sono, em que todas as suas faculdades se conservam em estado latente. Esse estado transitório é necessário, para que o Espírito tenha um novo ponto de partida, e por isso o faz esquecer, na sua nova existência terrena, tudo o que lhe pudesse servir de estorvo. Seu passado, entretanto, reage sobre ele, que renasce para uma vida maior, moral e intelectualmente mais forte, sustentado e secundado pela intuição que conserva da experiência adquirida.
A partir do nascimento, suas idéias retomam gradualmente o seu desenvolvimento, acompanhando o crescimento do corpo. Pode-se assim dizer que, nos primeiros anos, o Espírito é realmente criança, pois as idéias que formam o fundo do seu caráter estão adormecidas. Durante o tempo em que os seus instintos permanecem latentes, ela é mais dócil, e por isso mesmo mais acessível às impressões que podem modificar a sua natureza e fazê-la progredir, o que facilita a tarefa dos pais.
O Espírito reveste, pois, por algum tempo, a roupagem da inocência. E Jesus está com a verdade, quando, apesar da anterioridade da alma, toma a criança como símbolo da pureza e da simplicidade.
Cap. VIII - Evangelho Segundo o Espiritismo
História para todas as idades
Juju Tagarella ,
Fala tudo SEM PENSAR.
Na boca não tem tramela.
Na Casa Espírita ou na escola ;
Quando lhe pedem silêncio,
Ela a todos ignora ,
E para sua professora ,
não dá a mínima bola .
Só ela é quem tem razão ;
E quando se trata de dar opinião ;
Está sempre disponível;
Está sempre de plantão .
Da irmã da amiga da tia,
Toda a vida conhecia;
Era só um blá-blá-blá;
Que era isso ou aquilo ;
Que foi aqui e acolá .
Gostava de aumentar ;
De se auto lisonjear ;
Quando comprou um fusca ;
Disse que era um "Jaguar".
Pela vida fofocava ;
Sem ao menos se importar ;
Com danos e confusões ;
Que poderia causar .
Inventou mentiras graves ;
Fez casal se separar ;
Trabalhador ser demitido ;
E filho ir de castigo .
Conhecer Juju Tagarella ;
Era pura esparrela.
Um belo dia porém ;
Falava, inventava , mentia e irritava
A língua tanto se mexia, que nem sei o que parecia .
Talvez uma cobra... uma chama ou uma chibata.
Mas eis que ao seu encontro veio voando uma barata .
Cof...Cof...gasp...gasp ...
Engoliu o tal bichinho e gritou apavorada.
- Acho que fui atingida por uma flecha envenenada !
- Vou morrer ....oooh...não posso falar mais nada ...!!!
E assim sucumbiu desmaiada .
Chamaram o Doutor Beltrano,
Um bom médico do lugar .
Apesar de não gostarem dos hábitos da tal moça,
Mesmo por caridade alguém tinha que lhe salvar .
Reanimou-a o bom senhor.
E pôs-se a explicar :
-Não é uma baratinha o que poderá lhe matar ... portanto, a sra pode agora se acalmar .
- Mesmo assim vou lhe aconselhar , Sra. Juju Tagarella.
- O que envenena o homem não é o que vai pela boca, mas sim o que pode sair dela.